publicidade

Pesquisar

JHC veio para tapar o buraco da gestão anterior

O Anfiteatro Flaviano, mais conhecido como Coliseu é uma das sete maravilhas do mundo e levou oito anos até que sua construção fosse finalizada. Erguido sob o governo do imperador Vespasiano, sua construção foi iniciada em 72 d.C. e finalizada em 80 d.C., foi palco de batalhas de gladiadores e espetáculos públicos, e reutilizado para vários fins, como habitação, oficinas, sede de uma ordem religiosa, uma fortaleza, uma pedreira e um santuário cristão, até cair parcialmente em ruínas como consequência de terremotos e saques. Agora imagine ter de reconstruir o Coliseu, assim como ele fora outrora, em poucos meses. Ignorar todos os problemas estruturais que a construção adquiriu ao longo de tantos anos se deteriorando, seja pela ação do tempo ou pelas mãos humanas. 

A analogia é válida quando olhamos para a capital Alagoana. Maceió padeceu por oito anos sob o descaso de um gestor que governava para os seus agregados políticos, negligenciando a cidade, que ficou a mercê do tempo e da ação humana, chegando a afundar sob nossos pés. Maceió, assim como o Coliseu, deteriorou-se no mesmo período em que o anfiteatro Romano foi erguido, testemunhamos uma cidade que estava sendo explorada sem qualquer supervisão e limites, exploração movida apenas pelos interesses financeiros do mandatário. A conta chegou, altíssima, mas o ônus caiu na conta do povo, de pessoas que construíram suas casas, suas famílias e sua história,movidas a muito suor e lágrimas, só restaram lágrimas no final.

Agora, com o poder retirado de suas mãos, o que resta a estes algozes é reivindicar da nova gestão um resultado que eles sequer chegaram próximos. Como sanar problemas acumulados por oito anos em apenas um semestre? É o mesmo que tentar reerguer o Coliseu, impossível, principalmente quando se herda um caos financeiro gigante, para não citar a infraestrutura decrépita que foi deixada nas partes não nobres da cidade.

Desde que tomou posse da prefeitura de Maceió, JHC arregaçou as mangas e as barras das caças para, junto de sua equipe, fazer um apanhado dos problemas que circundam Maceió e assim buscar resoluções concretas e céleres. A reivindicação por uma melhor infraestrutura é válida, mas vale lembrar que não conserta oito anos de descaso em seis meses. Ações mais efetivas para recuperar a dignidade da cidade, principalmente a estrutural, têm sido realizadas constantemente, começando pelas áreas mais marginalizadas e esquecidas pela gestão anterior, as grotas e periferia estão sendo novamente aglutinadas e recebendo os cuidados que merecem, diferente de uma prefeitura que considerava Maceió um objeto turístico concentrado na tríade Pajuçara – Ponta Verde – Jatíuca, basicamente moradia das elites.

São muitas as dificuldades enfrentadas quanto se têmtantos danos em uma cidade tão complexa e com tantos substratos sociais, os buracos nas ruas são rasos diante da fissura deixada por um ex-mandatário que tratava a cidade como seu curral particular, onde apenas seus capatazes saíam no lucro. É um desafio constante lidar com essa situação e ao mesmo tempo receber críticas vindas daqueles que deixaram o caos como herança, chega a ser ridículo. A principal saída é ouvir a população, e JHC tem feito isso. O mandato participativo lançado pela plataforma Participa Maceió foi uma maneira encontrada pela atual gestão para ouvir o cidadão maceioense e finalmente transpor essas dificuldades trabalhando junto com o povo. A plataforma permite que o cidadão escolha onde a prefeitura irá aplicar as verbas e traça as ações da prefeitura para os próximos 4 anos.

Modernidade, eficiência e participação popular são os ingredientes primordiais para gerir uma cidade tão ferida pelos interesses pessoais e ganância de governantes que nunca pensaram na população fora de suas campanhas eleitorais. Trazer os moradores da cidade para as discussões e decisões que serão tomadas para a melhoria da máquina pública e da qualidade de vida das pessoas é um passo gigante para um mandatário que tem feito tanto com tão pouco em uma cidade com tantas chagas e desafios. As críticas são bem vindas e importantes para o aprimoramento de uma gestão, mas quando são utilizadas apenas para alfinetar e causar intrigas políticas, seus fundamentos caem por terra, principalmente quando sua origem vem de um grupo político claramente mal intencionado que é responsável direto pela enorme rachadura que se tornou Maceió.

VEJA TAMBÉM