Em comparativo com o mesmo período do ano passado, mais de 590 toneladas de resíduos deixaram de chegar à orla
Limpeza de canais, recolhimento de resíduos em pontos crônicos de descarte irregular e educação ambiental. Esses são alguns dos serviços executados pela Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) que vem mudando os hábitos dos maceioenses para minimizar os impactos negativos na cidade após as chuvas do início do ano.
Em 2021, entre janeiro e março, a Superintendência retirou 897,4 toneladas de lixo da areia da praia, provenientes do descarte irregular em alguns pontos da cidade e que foram arrastados pelas águas pluviais. Durante o mesmo período em 2022, as equipes de limpeza recolheram 300 toneladas, reduzindo em 66,5% a quantidade de detritos que foram parar na orla da capital.
Um dos grandes responsáveis pela redução de 596 toneladas de rejeitos recolhidas nas praias é o serviço de limpeza e desassoreamento de canais. Somente nos dois primeiros meses do ano, entre barro, detritos e resíduos sólidos, em mais de 15 canais e 20 grotas, a Sudes retirou mais de 25 mil toneladas de sedimentos do fundo dos córregos.
Para Kedyna Tavares, diretora de planejamento e serviços especiais da Sudes, é necessário realizar o trabalho antes dos momentos complicados que a cidade enfrenta no período chuvoso.
“Sabemos que esse período traz com ele alguns problemas para a cidade. Então ampliamos o poder dos nossos serviços e colhemos os benefícios quando temos uma evolução em problemas que já foram enfrentados anteriormente. A limpeza de canais é muito importante para evitar transbordamentos nas localidades, além de impedir que o lixo escorra até as praias, tendo em vista que eles são recolhidos por nós primeiro”, disse.
Outro serviço essencial é o recolhimento de resíduos em pontos crônicos de descarte irregular espalhados pela capital. Ao todo, são mais de 200 áreas mapeadas pela Sudes. Nelas, foram retiradas, em janeiro e fevereiro deste ano, mais de 60 toneladas. Na tentativa de inibir a prática que é tão prejudicial para a cidade, as equipes de educação ambiental já visitaram cerca de 11 bairros, orientando mais de 8 mil pessoas a respeito da coleta domiciliar e do despejo adequado de resíduos.
“O descarte irregular é o maior problema que enfrentamos no nosso trabalho diário. A prática alimenta os pontos crônicos e, quando chove, esse lixo acaba sendo arrastado para diversos locais e, como destino final, acaba nas praias. A educação ambiental é um dos trunfos que combatem essa dificuldade, orientando e mostrando as pessoas como eles podem ajudar o meio ambiente e o poder público, além de manter sua cidade limpa e organizada”, completou a diretora.