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Gabinete da Causa Animal alerta sobre os cuidados ao deixar os pets sozinhos

Médica-veterinária do GGI-CA, Maria Clara Carlos, orienta tutores que retomaram atividades externas com flexibilização da pandemia

Gabinete da Causa Animal alerta sobre os cuidados ao deixar os pets sozinhos
Tutores devem ficar atentos com pets que ficam longos períodos sozinhos (Foto: Victor Vercant/Ascom SMS)

A pandemia global de COVID-19 mudou bastante a relação dos pets com seus tutores. Antes da pandemia, a maioria dos animais só viam seus tutores pela manhã e ao final do dia, após a conclusão de longas jornadas de trabalho e estudos.

Com os decretos de restrição de circulação, na fase mais latente da pandemia, esse cenário mudou. Muitos tutores ficaram mais tempo em casa, em virtude do isolamento social, aulas on-line, home-office e demais atividades que ocorreram em modalidades remotas, tornando a relação entre humanos e animais mais próxima.

Com a flexibilização e o retorno da rotina de trabalho e estudo, a relação entre tutores e pets voltou, em alguns casos, a ter intervalos de separação maiores ao longo do dia. Nesse contexto, a médica-veterinária do Gabinete de Gestão Integrada de Políticas Públicas para Causa Animal (GGI-CA), Maria Clara Carlos, explicou que a ausência prolongada de interação entre animais e seres humanos pode ocasionar sofrimento aos pets.

“Muitos animais podem sofrer com a separação e desenvolver comportamentos inusitados e reações inesperadas, como fazer as necessidades fisiológicas fora do lugar de costume, destruir objetos, lamber as patas de forma excessiva”, pontuou a especialista.

Outro cenário apresentado pela profissional se refere ao tutores que não tinham nenhum animal e realizaram a adoção de um pet em meio à pandemia. “É muito importante instruir a população do Município sobre como será essa nova fase de adaptação”, destacou a médica-veterinária que elencou orientações para estimular a independência dos pets neste período de retomada das atividades externas dos seus tutores. 

Preparação dos pets na retomada gradual da rotina

Cerca de 15 dias antes, comece a preparar os ambientes

Deixe os brinquedos dos pets em um cômodo separado das áreas comuns da casa

Em algumas horas do dia, fique em um local da casa que o pet não tenha acesso a você

Recomendações caso o tutor precise sair de casa

É importante deixar fora do alcance dos pets qualquer item que possa ser engolido, quebrado ou que sejam afiados

Deixe uma peça de roupa do tutor à disposição do animal, pois o cheiro tende a acalmá-lo

Quando retornar para casa faça um breve carinho, sem exageros, dessa forma irá evitar que o animal fique muito eufórico e/ou ansioso com a presença do tutor

Pets precisam de atenção e cuidados de seus tutores (Foto: Victor Vercant/Ascom SMS)
Pets precisam de atenção e cuidados de seus tutores (Foto: Victor Vercant/Ascom SMS)

“Com o distanciamento social, muitas pessoas transferiram sua atenção para seus pets. Isso levou ao estreitamento da relação, potencializando a dependência emocional entre eles. Esse comportamento não se restringe apenas aos cães, pois os gatos também gostam de ficar com seus donos, apesar de levarem a fama de independentes”, enfatizou Maria Clara.

A médica-veterinária reforça que é muito importante ter paciência, pois ao longo desse processo de readaptação, muitos cães e gatos podem apresentar alterações comportamentais e distúrbios alimentares. Nesses casos, é importante levar o pet para uma consulta com o profissional para que possa compreender o caso e orientar como proceder.