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Estudantes com deficiência auditiva recebem atendimento especializado nas escolas municipais

Mais de 50 alunos têm de intérprete em sala de aula e ensino bilíngue
Estudantes com deficiência auditiva recebem atendimento especializado nas escolas municipais
Alunos com deficiência auditiva aprendem a língua de sinais na escola Carmelita Gama. Foto: Hilderlan Oliveira / Secom Maceió
Para garantir a inclusão da comunidade surda na sociedade, a Secretaria de Educação tem trabalhado para ofertar ensino bilíngue e de qualidade para os alunos com deficiência auditiva da rede municipal. As escolas contam com intérpretes da língua brasileira de sinais em sala de aula, e acompanhamento na Sala de Recursos Multifuncionais para o Atendimento Educacional Especializado Bilíngue para surdos.

Para atender de forma adequada os 52 estudantes surdos da rede, a Educação conta com dois pólos de ensino bilíngue, a Escola Maria Carmelita Cardoso Gama, na Cidade Universitária, e a Escola Municipal Nosso Lar, no bairro da Levada. Além de uma equipe composta por instrutores de libras, professores surdos e 29 intérpretes.

Estão matriculados nas escolas municipais 3.505 estudantes com algum tipo de deficiência, 132 professores de atendimento educacional especializado, 1.029 profissionais do apoio escolar (PAE) e 82 salas de recursos multifuncionais.

As escolas que recebem alunos surdos contam com intérpretes para auxiliar no trabalho com o estudante. Como explica a instrutora e técnica pedagógica da Educação Especial na Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), Alinne Roberta.

“Nós vamos conhecer o aluno, ver se tem laudos e exames que comprovem a deficiência e assim eles têm direito a um intérprete. Nas escolas polos já temos intérpretes em todas as séries e o aluno ao chegar já tem esse profissional para fazer a interpretação dos conteúdos e medição da comunicação em toda a escola como também o Serviço de Atendimento Educacional Especializado Bilíngue”, pontuou Alinne.

A intérprete também explicou que os alunos recebem atendimento especializado para o desenvolvimento da língua brasileira de sinais.

Na sala de recursos, os alunos têm contato com atividades que promovem o seu desenvolvimento. Os estudantes são atendidos em uma sala lúdica e rica em estímulos visuais por profissionais que são capacitados para trabalhar com o Atendimento Educacional Especializado Bilíngue.

A estudante da Escola Carmelita Gama, Aylla Sophia da Silva, de 7 anos, vem recebendo atendimento especializado há 1 ano e tem conseguido melhorar sua comunicação com as outras pessoas, como relata sua mãe.

“A experiência está sendo ótima, ela está conseguindo se desenvolver bastante com as aulas em libras. Desde que descobri a perda auditiva da Aylla, ela faz tratamento. Não escuta, mas fala lendo os lábios das pessoas e com a língua de sinais”, contou Ivanise dos Santos Silva.