Representantes da ALURB aprendem técnicas de cultivo e manejo de espécie africana para praças e parques da cidade
O objetivo principal da ida à capital pernambucana é coletar, junto à Secretaria de Meio Ambiente, informações sobre o cultivo e o manejo do Baobá, uma árvore nativa do continente africano e que representa a luta dos negros no Brasil. A espécie, de nome científico é Adansonia Digitata, é de grande porte, com traços marcantes e pode atingir até 25 metros de altura, com até 11 metros de diâmetro.
A intenção é criar em Maceió um Parque dos Baobás, que será um espaço afro-cultural de convivência, aos moldes do que já existe em Recife, como uma dinâmica de ressignificação do espaço urbano, potencializando o território fértil para a produção da memória, histórias e resistência negra.
“Recife é referência na preservação histórica do Baobá, tendo registro de dezenas deles na cidade. A visita in loco é importante para podermos conhecer de perto e, dessa forma, ampliar a cultura da árvore histórica em Maceió, através do Projeto Baobá”, disse a coordenadora do Observatório de Políticas para a Igualdade Racial, Arízia Barros.
A visita também objetiva a troca de experiências com o setor de arborização da cidade, buscando novas práticas e inovações para a Prefeitura de Maceió, visando aperfeiçoar a arborização urbana, atualizando o manual do serviço e captando informações sobre o tombamento de árvores importantes e plantio de mudas de forma harmônica e planejada.
Em Recife, a comitiva da ALURB participou de reuniões na Secretaria Municipal do Meio Ambiente com o secretário, Oscar Barreto, e com o chefe da Divisão de Arborização da pasta, o engenheiro florestal José Edison Lima.
Como parte da programação, a comitiva programou uma visita ao Jardim dos Baobás, situado no bairro das Graças. No local, onde existem algumas árvores adultas da espécie, a comitiva buscará inspiração, baseada em uma experiência bem sucedida, para trazer novas ideias e implantar em áreas públicas de Maceió.
“Nós já realizamos um grande trabalho em Maceió, mas é sempre bom aperfeiçoar e buscar novas práticas positivas. Dessa forma, nossa cidade cresce de forma planejada, com preservação de espécies importantes de árvores contribuindo com diversos benefícios para a sociedade”, ressaltou a diretora da ALURB.
Em março deste ano, a ALURB e o Instituto Raízes da África fizeram o plantio de duas mudas da espécie no Parque da Mulher, na Jatiúca. Além disso, a área também recebeu o transplante de um Baobá que havia sido plantado em uma área inadequada e abaixo de uma rede elétrica, o que prejudicava seu crescimento e causava transtornos para a população. As praças do Skate, na Ponta Verde, e da Faculdade, no Prado, além do Corredor Vera Arruda, já possuem um exemplar da espécie.
