Prefeitura estimula debate sobre a história da resistência negra para criar ações de promoção à igualdade
Por meio da Coordenação da Igualdade Racial da Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania, o Município busca estimular o debate sobre a história negra para promover o letramento racial de servidores e, a partir daí, planejar ações de promoção à igualdade.
A coordenadora, Arísia Barros, destacou que a história de Maceió, e do Brasil, tem como referencial a história negra, por isso a Prefeitura cria espaços estratégicos, como o Comitê da Igualdade Racial, formado por representantes do poder público e da sociedade, para revisar e revisitar tais referências por meio do debate institucional.
“Qual o significado de a Prefeitura reconhecer esta data? É mostrar primeiro que o monumento tem um significado enorme, não só para o Município, mas para a humanidade. E quando a gente traz isso para o seio dos espaços institucionais, quando a Prefeitura de Maceió cria uma Coordenadoria da Igualdade Racial, ela está reconhecendo essa história do Parque Nacional da Serra da Barriga, está tomando isso como base para começar a criar um olhar institucional, internalizado, para trabalhar essas diferenças de uma forma que a sociedade seja contemplada com igualdade”, afirmou.
A criação da Coordenação pelo Município, no ano passado, tem fortalecido a luta pela igualdade em Maceió. Para Arísia, a atuação da Prefeitura propicia mais liberdade e inclusão à população. “Maceió começa a criar um olhar próprio para a questão racial e se mostra uma instituição que entende que a liberdade é o foco maior de todo o caminhar. Nós estamos usando o passado como base, porque não há presente se você não trouxer o passado para recontar a história”, ressaltou.
A Serra da Barriga abrigou o maior quilombo das Américas, o Quilombo dos Palmares, onde não apenas negros se reuniam para resistir à opressão, mas também indígenas. A data do início da organização do grupo, segundo a maioria dos historiadores, é o ano 1597, e durou até 1694, mas sua existência repercute até os dias de hoje como símbolo da luta pela liberdade.