Deputado faz duras críticas à gestão do Município, mas encobre acusações de supostos calotes e gastos extravagantes enquanto conduzia a Educação em Alagoas
Com críticas insistentes à gestão JHC, o ex-secretário estadual de Educação (Seduc), deputado federal Rafael Brito (MDB), mostra que vale tudo para garantir seu nome na corrida pelo comando do Executivo Municipal nas eleições deste ano. No entanto, as acusações de supostos calotes e gastos milionários com a aquisição de livros didáticos, durante o período em que conduziu a pasta estadual, revelam que o caminho não será nada fácil.
Recentemente, a operação “Capa Dura” da Polícia Civil no Rio Grande do Sul, que investiga compras de livros superfaturados pela Prefeitura de Porto Alegre, colocou “Tio Rafa” (MDB), no mínimo, em alerta. Isso porque uma das empresas investigadas na operação é a Inca Tecnologia de Produtos e Serviços, a mesma que fechou contratos de mais de R$ 50 milhões com o Governo de Alagoas para fornecer livros didáticos no período em que o deputado federal era titular da pasta, conforme divulgou o site da IstoÉ em janeiro deste ano.
Outro desafio que o afilhado político de Renan Filho (MDB) vai ter que superar se quiser concorrer à vaga de chefe do Executivo Municipal é explicar o não pagamento de programas sociais como o Bolsa Escola 10, que gerou revolta em centenas de estudantes da rede pública de ensino. Há quem aposte, inclusive, que a maior motivação do programa de governo tenha sido mesmo para se beneficiar durante a campanha que o elegeu deputado federal.
O fato é que, com todo o imbróglio que envolve o histórico de Rafael Brito, o ex-secretário de Educação provou ser ineficaz na condução da pasta. Em 2022, ao deixar a Seduc para disputar as eleições, “Tio Rafa” conseguiu piorar o índice do Ideb de Alagoas, deixando o estado na quarta pior colocação nacional, conforme divulgado à época pelo Ministério da Educação (MEC).
