O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou, em janeiro de 2025, a metade de seu terceiro mandato com um saldo parcial de 28% das promessas de campanha concluídas. O levantamento aponta, ainda, que 17% das propostas apresentadas durante o período eleitoral estão atualmente paralisadas, enquanto o restante encontra-se em diferentes estágios de execução.
Ao longo dos primeiros dois anos, o governo Lula enfrentou desafios significativos, como a recuperação econômica pós-pandemia, o aumento da desigualdade social e a polarização política que continua marcando o cenário nacional. Apesar disso, as áreas de maior destaque no cumprimento de promessas incluem programas sociais e ações voltadas ao combate à fome, áreas que historicamente têm sido prioridade nos mandatos petistas.
Entre os compromissos cumpridos estão a ampliação do Bolsa Família, que voltou a incluir critérios como benefícios extras para crianças e adolescentes, e a criação de programas de incentivo à geração de empregos formais. Medidas de proteção ambiental, como o reforço ao combate ao desmatamento na Amazônia, também têm sido apontadas como conquistas significativas.
No entanto, a paralisação de 17% das promessas gera críticas tanto da oposição quanto de setores da sociedade civil. Projetos relacionados a reformas estruturais, como a tributária e a administrativa, encontram-se em impasse no Congresso Nacional, devido a divergências políticas e à dificuldade do governo em articular uma base sólida para aprovação. Obras de infraestrutura e investimentos em educação também aparecem na lista de iniciativas atrasadas, o que alimenta debates sobre a capacidade de execução do atual governo.
Com mais dois anos pela frente, o presidente Lula enfrenta a pressão de entregar resultados concretos, especialmente em áreas sensíveis como saúde, segurança pública e crescimento econômico sustentável. A avaliação de sua gestão na metade do mandato evidencia tanto os avanços alcançados quanto os desafios ainda por superar, em um contexto político que exige habilidade para conciliar interesses diversos e garantir a continuidade de sua agenda de governo.