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Geovana Clea na Giorgio Collection:“Foi amor à primeira vista


Em entrevista para revista russa Casa Ricca, a artista alagoana Geovana Cléa fala de sua cidade Inhapi no sertão de Alagoas, dos índios Koiunpanka, e relembra momentos de sua infância vividos em companhia do seu pai, o saudoso Luiz Celso Malta Brandão, ex-líder político e prefeito de Inhapi no ano de 1977.

A artista que iniciou uma colaboração com o Brand de móveis de luxo Giorgio Collection, com mais de 60 lojas espalhadas pelo mundo, incluindo a famosa Harrods de Londres, com espaço de 400 m² e onde as obras de Geovana Cléa também estarão presentes.

Segue entrevista para o jornal russo da famosa Casa Riccade Moscou por Tatiana Barros.

Casa Ricca  Cara Geovana, você se inspira na natureza, na geologia, para criar as suas obras. Por que a sua maior inspiração é a natureza? Houve algum momento decisivo em que essa passou a ser sua inspiração de trabalho (como uma viagem, uma visita a um museu)?

Geovana Cléa – Acho que tudo é questão de sensibilidade, sempre fui muito criativa, desde pequena amava escrever canções, cartas, viajava na leitura de livros, tudo isso somado ao fato que venho de um lugar no sertão de Alagoas, chamado Inhapi, muito característico, simples, era fácil enxergar a beleza de cada coisa, desde um riacho, uma grande pedra, cactos (no sertão tem muitos cactos) ou até mesmo o sorriso das pessoas.

Cresci vendo verdadeiros índios contemplarem a natureza, a madre terra, foram eles os primeiros habitantes de Inhapi, os índios Koiunpankas, eles ainda vivem lá, tenho com eles uma ligação muito especial.

Acho também que o fato que meu pai, Luiz Celso, fosse fazendeiro também me trás o amor pela terra, com ele eu vivi muitos momentos especiais, desde olhar o por do sol entre os cactos do sertão, ou tirar uma manga dos fruteiros da sua fazenda e comer ali mesmo.

Quando penso na terra e natureza, relembro de uma infância feliz com pai muito especial em uma terra quecarrego sempre no coração.

CR – Conte-nos mais sobre a sua técnica e como é o seu processo de criação. Que tipo de materiais você prefere usar?

GC – Minha técnica é mista, adoro criar tudo de forma muito pessoal, nunca gostei de olhar muito trabalhos de outros, não quero ser influenciada.

Faço minhas tintas, preparo as tonalidades, busco elementos naturais como pó de quartzos, cinzas vulcânicas, metais líquidos, ouro, tudo trabalhado com resina e cristais Swarovski.

Vejo tudo que vem da natureza como algo que purifica, gosto de pensar que minhas criações possam emanar fluidos de paz, harmonia e felicidade.

A parte mais importante do meu trabalho pra mim, esta no tempo que dedico a caminhar, estudar cores de árvores, terra, água e tudo que encontro durante longas caminhadas solitárias, que me dão muita energia boa para realizar minha arte.

Sou apaixonada pela natureza!

CR – Seus trabalhos possuem relevo/textura. O que você pensa sobre a importância do tato na interação entre o espectador e a obra de arte?

GC – Penso que a obra tem que transmitir emoção. Recriar os efeitos naturais da terra, do mármore, granito, pedras molhadas, água, grotas cristalizada, etc… é uma forma de transmitir a sensação maravilhosa que a natureza me passa, e eu desejo que o expectador sinta essa mesma conexão e sensação que eu sinto, tanto ao tocar como ao observar meus trabalhos.

CR – Como você conheceu a coleção Giorgio Collection? Como a colaboração começou? 

GC – Vi pela primeira vez na Harrods de Londres, durante uma exposição que estava fazendo na cidade, já adorava o brand, bem meu ESTILO. Conheci sucessivamente o Riccardo Vergombello e uma vez conversando sobre arte, ele me convidou para conhecer a sede da empresa e a família Masolo. Foi amor a primeira vista!

Fábio Masolo é uma pessoa maravilhosa e extremamente profissional, correto e que sabe fazer muito bem o seu trabalho.  Desde a irmã Elisabetta, ao filho Emanuele, Riccardo e todo o time da Giorgio Collection, eu só posso dizer que me sinto parte, se trabalha feliz, e principalmente, se cria com muito amor quando existe harmonia em um ambiente de trabalho, isso na família Giorgio Collection não falta.

CR – Você criou as obras Black Forest, Vulcano Picture, Gold Shadow, Silver Rain, independentemente da MirageCollection ou depois de vê-la? 

GC – Eu já estava pensando em desenvolver uma linha com os efeitoS dos mármores e granitos, mas não tinha feito nada ainda. Visitar a empresa e conhecer a filosofia do brand foi uma grande fonte de inspiração, nosso conceito sobre o belo é em plena harmonia. Cada obra foi criada especialmente para Giorgio Collection.

CR – Conte-nos mais sobre as imagens/inspirações por trás da sua série de obras para a Giorgio Collection? 

GC – Tem vários elementos que amo nas obras de Giorgio Collection, como: Água que escorre e purifica, Vulcões que explodem fazendo um lindo espetáculo natural, rochas, grotas cheias de cristais, terra entrelaçada a minerais como ouro e prata. Em cada obra tem vida, muita vida! Em cada momento do dia elas têm luzes diferentes, contínuas mutações de beleza e luz.

CR – Em sua opinião, por que é importante trazer uma obra de arte para o interior de uma casa? Em quais áreas de uma residência decorada com Mirage Collection você recomendaria colocar as suas obras de arte? 

GC – As obras são matérias e emanam muita luz e elegância, é como ter um pedaço de uma grota preciosa em um pedacinho da própria parede. Elas são perfeitas em qualquer ambiente, desde a sala, quarto, sala jantar e até no banheiro, tudo depende do tipo de casa e que tipo de projeto se deseja executar. Sem dúvidas ter essas obras é como usar um brilhante com um vestido elegante, faz toda diferença em uma casa.

CR – Quais são suas peças favoritas da Mirage Collectionby Giorgio Collection?

GC – Todas! (Risos) Acho que já estava escrito: GC para GC, Geovana Cléa para Giorgio Collection.

É Importante lembrar que estamos somente no começo, certamente tudo será feito com muito amor para cada casa, cada peça é arte pura, nenhuma será igual, cada uma terá sua unicidade, mesmo tendo quatro referimentos, o cliente não terá uma obra produzida em série, uma obra mesmo com as mesmas cores não serão iguais a outra, cada obra é única, isso é muito especial, pois estamos propondo arte e não somente um objeto.

Penso que isso faça toda diferença!

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