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Secretário do Gabinete Civil de RF, Fábio Farias, poderia ter sido a salvação da colheita do clã Calheiros em 2022


A incapacidade de Renan Calheiros Filho em preparar o terreno para um sucessor ao governo o deixou nas mãos de Marcelo Victor que, como todos sabem, agora aposta todas as suas fichas em Paulo Dantas, mas esse desfecho tropeça em uma série de erros cometidos por RF e Renan pai na estruturação da chapa que hoje ocupa o Palácio dos Palmares. Eis que daí surge um nome que foi preterido em 2018 e que, se caso recebesse a devida estima dos Calheiros, poderia ser um fator importante hoje para a manutenção do sistema de poder que eles construíram e implantaram no estado.

Trata-se de Fábio Farias, o ex-suplente de Renan Calheiros chegou a se descompatibilizar do cargo em 2018 para se candidatar à vice de RF, mas foi impedido pelos Calheiros, que optaram pelo atual prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, mesmo a contragosto do governador, o resto da história já sabemos, Luciano Barbosa rompeu com eles e hoje RF chega à reta final do governo sem um vice, e sequer tem autonomia para indicar um nome nas eleições indiretas da ALE, caso ele decida disputar o Senado.

Apesar de Farias ter sido reabsorvido pelo governo Renan Filho e voltado à Secretaria do Gabinete Civil, estando próximo do governador, ele faz falta neste ano de majoritárias, já que seria uma garantia de manutenção do formato político que os Calheiros montaram em Alagoas por anos.  O isolamento de RF se deve a sua soberba política e autoridade exacerbada, mas também a escolhas de caminhos que prejudicaram os projetos de manutenção de poder, não bastou Farias ser homem de confiança dos Calheiros ou coordenar tanto a campanha do pai quanto a do filho em 2018, sua postergação custou caro ao clã Calheiros que hoje colhe os louros ressequidos do seu péssimo planejamento.

Resta à RF buscar sua ultima alternativa de não ser enxotado da política nos próximos anos, sabe-se que seu pai já tem laços mais que estreitos com o ex-presidente Lula, mas a estratégia agora é tornar esse laço hereditário, RF se concentra no próximo plano, apoiar Lula escancaradamente nas eleições presidenciais – como já tem feito em recente viagem para São Paulo na companhia de seu filho mais velho em um encontro com Lula – contar com sua vitória e apenas aguardar uma indicação  para presidir o Banco Mundial e, sendo um pouco mais ambicioso, o cargo como Ministro da economia ou da Integração Nacional. Resta agora aguardar os próximos passos do clã Calheiros.

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