A recente ação do senador Renan Calheiros com o pedido de suspensão da RP9 no STF tem o objetivo de prejudicar os municípios alagoanos e pressionar prefeitos que não querem seguir como aliados.
Renan Calheiros está desesperado para atingir aqueles que não querem aclamar sua soberania, face à debandada que o MDB tem sofrido o senador está sentindo na pele sua soberania ir pelo ralo, agora a estratégia é prejudicar as prefeituras que contam com as emendas de RP9. Na quinta-feira (24), Renan protocolou um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a suspensão imediata do pagamento das emendas de relator do Congresso Nacional, conhecidas como Orçamento Secreto.
Mesmo diante do argumento do presidente da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de que a suspensão da RP9 prejudicaria contratos em andamento, Renan Calheiros soltou que a distribuição do orçamento lesaria a isonomia ao processo eleitoral. Conversa fiada para não admitir a dor de cotovelo gerada pela sua derrocada junto com seu filho no coronelismo alagoano.
Isso está longe de ter base na imparcialidade, na verdade Renan e sua corja não aceitam perder e aqueles prefeitos de Alagoas que tiverem o mínimo de respeito pelos seus eleitores e apreço pelos seus respectivos municípios sequer prestariam apoio aos Calheiros, que dirá votar em pai ou filho para esquentar cadeira no senado. Os Calheiros estão se vendo encurralados, seus prefeitos seguem se afastando e agora o objetivo é travar os recursos dos municípios, prejudicando, consequentemente, a população alagoana.
Não que os Calheiros tenham uma história de muito mérito nesse estado que amarga afundado em oligarquias, mas cadê a voz da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e o posicionamento de seu presidente, Hugo Wanderley? Já que ele faz parte do grupo do Senador Renan Calheiros, será que teremos um pronunciamento contra esse ato de despotismo que vai prejudicar imensamente os municípios alagoanos? São perguntas semi-retóricas, já que esperamos sim uma resposta, mas é aquela esperança parca de que, tendo um de seus aliados na entidade que representa os municípios alagoanos, a vista será mais grossa que parafuso de patrola.
