O técnico Hélio dos Anjos conquistou a primeira vitória no comando do CRB, quebrou o jejum de 13 jogos da equipe sem vencer no Brasileiro e, neste domingo, reconquistou a confiança do torcedor regatiano na luta para sair da zona de rebaixamento.
Após o triunfo contra o América-MG, por 2 a 1, o treinador elogiou o adversário e analisou assim a partida no Rei Pelé:
– Nós ganhamos de uma equipe maravilhosa, uma das equipes mais técnicas da competição, uma equipe que você não pode deixá-los com a bola. Eles ficaram com a bola duas vezes pelo lado direito e olha o que deu. Um time técnico, de imposição técnica e, pra enfrentar esse tipo de time, você tem que competir muito forte. Como se diz, tem que bater no corpo deles, você não pode dar qualquer liberdade, todos os primeiros tempos do América-MG são muito fortes, agressivos, esse ano eu joguei contra o América-MG e também tive a felicidade de ganhar de 2 a 0, o primeiro tempo o América-MG quase acabou com a minha equipe, e a gente sustentou – analisou Hélio, continuando:
– Hoje, nós fizemos um jogo que nos perdemos durante 10 minutos, principalmente depois que tomamos o gol de empate. Mas retornamos a uma situação que é característica das equipes que eu trabalho, é a característica do meu modelo de jogo: intensidade. É a única coisa que eu não negocio com meu time, minha equipe, meus jogadores. Intensidade tem que ser total. A intensidade do CRB tem que ser a intensidade do segundo tempo, porque é onde você decide jogo. Se você tiver condições e lastro pra jogar lá em cima a sua intensidade, o seu volume, naturalmente, você cria chances de gol.
Hélio parabenizou também o desempenho físico dos jogadores do Galo, mas apontou um detalhe negativo na partida contra o América-MG.
– Eu já tinha gostado do desempenho físico da equipe no jogo contra o Botafogo-SP, um campo horrível duro, e nós tivemos números significativos. Hoje, tudo pra mim foi muito positivo. Só não foi positivo tomar o gol depois que a bola estava nos nossos pés, nós saímos por dentro, mas tem algumas coisas que só vão ser aprimoradas com o tempo – disse o treinador, acrescentando:
– Porque já está acontecendo crescimento individual de vários atletas, a realidade é uma, o momento sem vitória estava pesando pra todos, tanto que até brinquei. Não dá pra não sofrer pra quebrar uma escrita de 14, 13 jogos. Vai sofrer. Nós sofremos um pouco no segundo tempo, no finalzinho ali, com aquela bola na trave…
O técnico ainda comentou as alterações que fez no segundo tempo e justificou as escolhas.
– Eu tinha duas chances pra substituir. Os dois jogadores estavam sentindo um pouco, o João (Pedro) estava sentindo um pouco mais, e eu estava pensando no Hereda. Estava pensando em jogar o Matheus (Ribeiro) lá e jogar um zagueiro canhoto, Darlisson, na lateral esquerda pra você compor o setor. Mas é importante porque você (o CRB) fez um jogo muito forte e, acima de tudo, o desenvolvimento técnico individual dos jogadores foi notório – explicou Hélio, e continuou:
– Todo mundo ofereceu muito e a gente fica feliz porque eu falei pra eles: nós não ganhamos o jogo hoje, nós ganhamos nos dois dias de preparação. Ganhamos o jogo com o G-3, que ficou hoje de manhã lá trabalhando pra caramba e, naturalmente, alguns deles podem estar
O CRB chegou aos aos 30 pontos e saltou para a 17ª colocação na tabela da Série B. Sexta, a equipe regatiana volta a campo às 20h, quando recebe o Paysandu, no Estádio Rei Pelé.