Local é patrimônio cultural do Mercosul e abrigou maior quilombo da América Latina
Como parte do curso “Conhecendo a história da África e fortalecendo nossa identidade”, professores e coordenadores da rede municipal participam, nesta quarta (24), de uma aula ao ar livre na Serra da Barriga, em União dos Palmares. O objetivo é unir a parte teórica com a vivência do espaço, aprofundando em temáticas que trazem a história numa visão antirracista, com a valorização da cultura afro.
A Serra de Barriga foi o local onde existiu o maior quilombo da América Latina, o Quilombo dos Palmares, que chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes em seu auge. O espaço tem um forte valor para a população negra e simboliza a resistência perante à escravidão no período colonial. Por conta disso, o espaço representa um cenário importante para a realização da aula ao ar livre, que unirá o contexto histórico do local com o cronograma teórico do curso.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sobre a Diversidade-Étnico Racial (NEDER), ao associar teoria e prática, o curso vai proporcionar uma visão mais aprofundada e real das mensagens abordadas pelo conteúdo.
“Compreender a dimensão dessa aula de campo requer entender a importância dessa temática. Quando a gente participa presencialmente daquilo que está nos livros didáticos, a aula atinge outra perspectiva, com um olhar diferenciado e aprofundado sobre o conteúdo. O nosso objetivo é fazer com que o professor vivencie de forma integral aquilo que está sendo trabalhado nos conteúdos, assimilando, inclusive, a importância do Quilombo dos Palmares”, explica Edinilza Alves Cabral.
O curso “Conhecendo a história da África e fortalecendo nossa identidade” é promovido pelo Núcleo, que faz parte da Coordenadoria Geral de Centros e Núcleos, e teve seu início no dia 20 de outubro, através de uma abertura que contou com a presença da palestra do formador e técnico pedagógico Zezito de Araújo. Desde então, as aulas estão sendo ministradas de maneira remota em três turnos: manhã, tarde e noite.
Leonardo André (estagiário)/Ascom Semed