O ioiô jurídico que se transformou as eleições para a escolha do governador e vice-governador tampão em Alagoas está colocando o candidato dos Calheiros, Paulo Dantas, em maus lençóis. A judicialização resultou, depois de muito impasse, na suspensão do pleito que ocorreria hoje (02) na Assembleia Legislativa do estado, e o resultado parecia inevitável, mesmo contando com mais de 20 candidatos, entre deputados, anônimos e até influencers, com maioria emedebista e aliada ao presidente Marcelo Victor, a vitória de Dantas estava dada como certa.
Não que as cartas ainda não estejam marcadas, mas os imbróglios possibilitam um atraso que irá culminar num desfecho nada interessante para a vindoura candidatura de Paulo Dantas ao governo nas majoritárias, seu tempo de vitrine, que duraria sessenta dias, caso fosse eleito na data marcada da eleição, seria curto e até mesmo reduzido a nada com os ações da oposição que visam “ganhar tempo” e atrasar a chegada de Dantas ao Palácio dos Palmares abafando assim qualquer possibilidade do deputado construir uma identidade que o conduzirá na campanha para as majoritárias, já que a partir do dia 2 de julho qualquer um que chegue ao executivo estadual não passará de um mero ordenador de despesa, a cadeira de governador só servirá mesmo para tampar o buraco deixado por RF.
Enquanto isso, governistas ainda nutrem a esperança de uma decisão favorável a eleição acontecer em tempo recorde, bem como a decisão da suspensão que movimentou a justiça e os bastidores nesse final de semana, em pleno dia do trabalhador, que inclusive caiu num domingo, não houve folga para o STF. Definitivamente não houve e nem haverá pleito na Casa Tavares Bastos nesta segunda-feira, mas aguardemos as cenas dos próximos capítulos, ou o vai-e-vem inevitável dessa briga jurídica pelo poder no estado.
