Ricardo Almeida disse em entrevista que EJAI atende na capital mais de 5.700 alunos, entre 15 e 90 anos; 70% têm mais de 40 anos
Para falar sobre esse trabalho, o coordenador da EJAI, Ricardo Almeida, concedeu entrevista, na terça-feira (18), ao programa de rádio Antena Tarde, na Rede Antena 7.
Ressaltando o empenho da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o compromisso com os estudantes de todas as idades, o coordenador contou que o trabalho realizado pela EJAI na capital atende, hoje, 5.758 pessoas, entre 15 e 90 anos, sendo 2.907 no primeiro segmento (anos iniciais) e 2.851 no segundo segmento (ensino fundamental). Desses mais de 5.700 estudantes, 70% têm acima de 40 anos.
Ricardo falou também sobre alguns projetos inovadores e pioneiros que estão sendo desenvolvidos, a exemplo do programa que busca alfabetizar pessoas que atuam como profissionais do sexo.
“São 12 pessoas que, neste primeiro momento, passarão pelo processo de alfabetização. São pessoas que vivem à margem da sociedade e que muitas vezes padecem por falta de oportunidades ou por medo. Esse projeto é uma parceria entre a Uneal e a Semed Maceió, para que a gente possa pensar em um currículo diferenciado para atender esse público. Nosso desejo é que esses estudantes consigam realizar seus sonhos, aprendam a ler e escrever e também assimilem os saberes matemáticos”, explicou o coordenador da EJAI.
Além deste, Ricardo Almeida citou outros programas em desenvolvimento na EJAI. “Nós estamos iniciando também o projeto Sonho em Construção, que está atendendo cerca de 200 alunos trabalhadores da construção civil de Maceió que estão voltando às escolas. Estamos também fazendo o resgate dos alunos que participaram do Programa Brasil Alfabetizado. A gente tem mais ou menos 30 turmas, com cerca de 500 alunos matriculados e nós vamos resgatá-los para que eles possam concluir as etapas do programa e vamos matriculá-los nas nossas turmas regulares, completou.
O coordenador lembrou, por fim, que “a gente ainda tem o grande desafio de alfabetizar 138 mil alunos que não terminaram o ensino fundamental, mas estamos aos poucos diminuindo esse indicador”.