Os profissionais também realizaram a exposição intitulada “Aqui pequenos guerreiros conquistam grandes vitórias” com imagens de diversos bebês nascidos na maternidade do HC. “Nosso projeto para lembrar e conscientizar sobre as causas e consequências do parto prematuro foi pensado por um time formado por profissionais da saúde do HC, para não só esclarecer sobre o tema, mas também contar um pouco da trajetória do RNs nascidos e que precisaram de cuidados especiais”, explica a médica Daniella Bulhões, coordenadora do serviço de Neonatologia do HC.
Mariana Regina Santos da Silva Reis, de 32 anos, deu à luz aos gêmeos Bernardo e Agatha, na maternidade do HC e dividiu um pouco da experiência com as mães que participaram do encontro.
“Eu tive gêmeos e eles nasceram de 33 semanas, passaram uns 60 dias na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, e foi uma trajetória longa e de muita luta, mas passou e eles estão com três meses, estão se desenvolvendo muito bem. O que eu posso dizer para vocês que estão passando por essa situação, que eu já vivi, se mantenha positivas, tenham muita fé, muita paciência. É importante respeitar o processo porque a prematuridade é um momento muito delicado. Eu tenho um carinho muito grande pelos profissionais que me acolheram e me ajudaram a passar por esses dias de hospital e muito aprendizado”, relatou a mãe.
As mães receberam ainda a convidada do projeto, Áurea Gisa dos Santos, mãe da pequena Maria Thereza Vitória Queiroz, que nasceu prematura com 25 semanas e pesando 698 gramas.
Hoje, a pequena Tetê está com três anos e sua mãe – que trabalha como assistente de Recursos Humanos – segue fazendo um trabalho de acolhimento em maternidades com bebês prematuros. Durante o encontro, ela relatou sua experiência e como passou pelo processo.
“Fiz questão de vir conversar com as mães para contar que é um período muito difícil, mas com calma e cuidados foi possível passar. Hoje, minha filha Tetê está com 03 anos, e é uma criança saudável e feliz”, disse maceioense.
Sobre o Novembro Roxo
A campanha do Novembro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre a prematuridade, traz neste ano o tema “Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares”, em alusão ao Dia Mundial da Prematuridade, celebrado no dia 17 de novembro. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos acontece antes das 37 semanas de gestação, colocando o país entre os 10 com maior número de partos prematuros no mundo.
Até 2022, o Brasil registrou 303.477 mil nascimentos prematuros, de acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Dados preliminares do ano passado apontam que esse número caiu para 303.144. Neste ano, até outubro, foram notificados preliminarmente 193.942 partos até a 36ª semana de gestação.