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Enfraquecimento político de RF pode afetar o destino de deputados já consolidados


Aparentemente não é apenas na definição da sucessão ao executivo que Renan Calheiros Filho tem enfrentado problemas, a formação de chapa para lançar os candidatos a deputado estadual e federal também está sofrendo os impactos da liderança solitária de RF. Com a debandada sofrida pelo MDB dos Calheiros, o pepino caiu nas mãos do Deputado Federal Isnaldo Bulhões, único representante do partido na Câmara de Deputados e o único herdeiro dos votos do clã Calheiros no momento.

O questionamento diante da situação é de quem irá arriscar o pescoço a perder as chances de vitória se aliando a uma chapa encabeçada por RF, independente do candidato principal ao governo, uma chapa que envolva o MDB, carrega as chagas do enfraquecimento político do atual governador. A exigência de angariar no mínimo 150 mil votos a cada vaga para fazer um mísero deputado federal encurrala pelo menos quatro deputados com mandato entre os 10 que devem ser lançados por chapa(levando em consideração a balela dos 30% de coeficiente feminino e os “poca urnas”), o que viraria um belo de um chapão da morte, dado o risco de apenas um se salvar.

Quem tem saído à frente nas especulações é o deputado Arthur Lira, que tem a capacidade de eleger pelo menos três deputados federais, seguido do presidente da ALE, Marcelo Victor, que deve fazer um deputado e JHC que também tem o poder de liderança para fazer mais um, sobram poucas vagas para a chapa de RF que está cortando um dobrado graças à fragmentação das alianças do MDB, a nível nacional o partido ainda garante palanque à pré-candidatura de um presidenciável petista, mas em âmbito local membros do PT e outros partidos aliados como o Pros, por exemplo, lutam pela sobrevivência política e já recolheram seus banquinhos para sair de mansinho da aba do partido dos Calheiros.

O cenário se repete para os deputados estaduais, mesmo com mais cadeiras disponíveis, 27 vagas, ainda assim é arriscado por a corda no pescoço, só na base de Marcelo Victor são 16 deputados estaduais. Em resumo, a dificuldade de RF e do MDB é conseguir candidatos com votos suficientes para garantir as vagas na Câmara Federal e na ALE/AL em 2022, voltamos à Isnaldo Bulhões, que já é deputado, e arrisco aglutinar outros como Paulão (PT), Marx Beltrão (PSD), Sérgio Toledo (PL) e até mesmo Alfredo Gaspar (MDB) – o único da sigla sem mandato com altas chances de ser eleito numa possível chapa com 10 candidatos – o risco de não conseguir somar votos suficientes para garantir os que já têm mandato na Câmara Federal, sem sequer cogitar fazer um novo nome na casa, é imenso, diante da credibilidade decadente de RF como liderança e do enfraquecimento dos Calheiros em Alagoas.

A estratégia até dos que aparentemente estão do lado de RF é mudar de partido, como é o caso do pré-candidato mais cotado a governador-tampão, deputado Paulo Dantas (MDB), se filiará ao União Brasil e de alguns prefeitos e vereadores que pretendem “pegar o beco” e só estão esperando a decisão de RF em terminar ou não o mandato. O fato é que os nomes de peso estão em outros partidos e podem também usar suas estratégias para se esquivar de arriscar numa chapa junto com RF, Isnaldo Bulhões aparentemente está sozinho no MDB segurando a barra de uma reeleição incerta, junto com o enfraquecimento de RF enquanto líder veio o enfraquecimento de todo o seu grupo que pode levar pro ralo vários políticos já consolidados.

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