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Estaria o projeto Paulo Dantas fadado ao fracasso?


Abril está se aproximando e a indecisão ainda assombra os que estão contando com a interrupção do mandato do governador Renan Calheiros Filho para se aventurar numa candidatura ao senado. A turma de Marcelo Victor parece que anda perdendo o ritmo e o clima de derrota já circula entre eles. Mesmo considerando que Paulo Dantas chegue “no mínimo” ao segundo turno não é difícil conceber que se o projeto Paulo Dantas fosse de fato viável o candidato seria o próprio Marcelo Victor.

Parece que a frustração de MV com a tentativa de eleger Davi Davino Filho à prefeitura de Maceió não foi suficiente para que ele repensasse a estratégia, e sabemos que Paulo Dantas só tem chances concretas caso RF abandone o barco, neste momento apenas eleições indiretas garantiriam Paulo Dantas no executivo. Como impulsionar um candidato desconhecido para o segundo turno competindo com o líder nas pesquisas, Rodrigo Cunha? Fora as opções de uma possível terceira via que distribuiria os votos dos alagoanos entre Antônio Albuquerque, Jó Pereira e o ex-prefeito Rui Palmeira, que aparece com bastante força no cenário, vide o trem desgovernado que se transformou essa sucessão, Paulo Dantas tem tudo para ser um fracasso nas urnas.

Já cheguei a mencionar também que ele não é o candidato favorito dos Calheiros, Dantas é fruto de um acordo interno da ALE e da subordinação de muitos parlamentares a Marcelo Victor, já que as secretarias seguem sendo repartidas entre o bloco. Do outro lado da mesma moeda Arthur Lira segue aguardando os próximos passos de RF para colocar seu bloco na rua lançando seu candidato ao governo, ao senado e as chapas de estadual e federal. As confabulações seguem e mesmo já proferindo apoio a Dantas, Lira não pretende sair por baixo se tornando agente passivo nas majoritárias.

No fim das contas, Arthur Lira está com as cartas nas mãos, quem não quer formar um grupo forte com o poderoso presidente da câmara federal? Ainda com as federações e chapas se desenhando, o xadrez político está acirrado. Lira além de deter autoridade, tem o poder da articulação e influência com cerca 50 prefeitos no estado, isso se converte em votos e, caso uma bela chapa com nomes já bem colocados na política seja constituída, pode se converter em vitória.

A influência de Lira é tanta que sua capacidade de eleger dois federais pelo PP (incluindo ele mesmo) e ainda fazer mais um pelo União Brasil, ou seja, Marcelo Victor tem força na ALE, mas ainda precisa comer muito arroz com feijão para fazer alguém no executivo, mas devemos reconhecer, persistência não lhe falta. Enquanto MV dá murro em ponta de faca com Paulo Dantas, Arthur Lira desenrola o carretel da política e costura suas chapas na calada de seu QG, para quem não lembra, sua casa na Barra de São Miguel anda bastante frequentada. A novela da sucessão do executivo alagoano está cada vez mais misteriosa, ainda não temos uma luz no fim do túnel, mas uma coisa podemos constatar, não será um pleito folgado.

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