Arthur Lira, como presidente da Câmara Federal, passou a ser um dos políticos mais influentes do Brasil, principalmente em Alagoas. Hoje comanda o PP no Estado e poderá também comandar o destino do
União Brasil( fusão dos Democratas com o PSL). Sua força política, sem sombra de dúvida, será uma peça fundamental no grupo político a que estiver aliado para uma disputa majoritária.
O fortalecimento e a viabilidade da candidatura do ex- prefeito de Maceió, Rui Palmeira, passa por uma aliança com um grupo político que tenha força eleitoral no interior do Estado e que representa
aproximadamente 70% do eleitorado de Alagoas. Rui está bem situado nas intenções de voto na Capital, porém ao longo de sua trajetória política não construiu uma base eleitoral no interior do Estado e, se conseguir uma aliança com Arthur Lira será imprescindível para viabilizar a sua candidatura, já que Lira lidera uma grande parcela dos prefeitos de
Alagoas.
O senador Rodrigo Cunha, apesar de bem situado nas pesquisas para o Governo de Alagoas, precisa ampliar o seu arco de aliança, hoje restrito unicamente ao prefeito JHC. No recente encontro em Brasília entre Cunha, JHC, Davi Davino e Arthur Lira, possivelmente teve início, a partir daí, uma chapa eleitoralmente
consistente para a disputa do pleito majoritário de 2022.
Paulo Dantas, o candidato do presidente da Assembleia Marcelo Victor, se distancia a cada dia de Arthur Lira e se aproxima, a passos largos, do governador Renan Filho, demonstrando que não estará no mesmo palanque do presidente da Câmara Federal.
Por tudo isso vale ressaltar que Arthur Lira ainda não definiu oficialmente a quem apoiará para o Palácio dos Martírios. Se o cenário não mudar e os nomes até
agora especulados venham se confirmar, para onde o deputado pender, será eleito o próximo governador de Alagoas.
Por Marcelo Melo Bastos