As rusgas geradas pela oposição entre governo estadual e federal só refletem em prejuízos para a população alagoana. Desta vez a educação, pilar para o desenvolvimento social, recebeu mais uma pancada do governo Renan Calheiros Filho, tendo sido uma das mais afetadas pelo isolamento oriundo da pandemia e levando muitos estudantes da rede publica a terem que desistir dos estudos por conta da falta de acesso à internet e a dispositivos como smartphones e computadores, a educação publica sofreu um atraso irreparável que agravou a situação já precária do ensino em Alagoas, e mesmo recebendo os recursos do governo federal para que o acesso á internet pudesse ser ampliado para professores e alunos, RF sequer mexeu no dinheiro, deixando o prazo para a utilização dos recursos caducar.
Com a finalidade de reduzir os danos surgiu a Lei nº 14.172, de 10 de junho de 2021, que tem a finalidade de garantir o acesso à internet a alunos e a professores da educação básica pública. Em cumprimento a essa lei, o presidente Jair Bolsonaro sancionou em 27 de janeiro de 2022 o decreto Nº 10.952, estabelecendo os critérios para a transferência automática de mais de R$ 3 bilhões em recursos para o Distrito Federal e demais estados da união, a transferência foi realizada em parcela única, por meio da Plataforma +Brasil, os valores para a distribuição foramcalculados a partir dos dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep e o repasse autorizado pelo Ministério da Educação, deste modo, o recurso está disponível na conta desde o dia 10 de março.
O objetivo é justamente sanar os impactos causados pela pandemia da COVID-19 na educação, mas RF deu a ordem, não tocar no dinheiro até que o prazo para sua utilização termine e ele seja devolvido, certamente uma estratégia para subir no palanque com o discurso de que o estado não recebeu apoio do Governo Federal para amenizar as consequências da pandemia e enganar o eleitor com a ideia de que por ser oposição, Jair Bolsonaro esteja boicotando o executivo estadual. Enquanto isso milhares de estudantes e profissionais da educação seguem prejudicados pela ausência de um recurso que serviria para traçar diretrizes pedagógicas, desenvolver recursos educacionais digitais e assistência técnica para as redes de ensino.
Mais uma vez quem paga pela demagogia dos coronéis é o povo, num estado onde a educação é tratada como dispensável, já que é o ultimo recurso a ser beneficiado pelos governantes (quando o é), prender um recurso que ajudaria a amenizar os impactos profundos causados pela evasão escolar em massa, abandono das instituições de ensino e consequente atraso no desenvolvimento pedagógico de boa parte da população, só corrobora as intenções de RF e seu clã para com o estado, manter-se no poder e manter o estado na decadência, onde só há crescimento em propagandas exorbitantes nas redes sociais e meios de comunicação.
Enquanto os outros estados, até mesmo aqueles com governantes da oposição, investem esse recurso e recuperam o cenário da educação, Alagoas definha na ignorância e assiste de longe as articulações focadas apenas nas majoritárias, a preocupação de RF e dos Calheiros está completamente concentrada em não perder o trono que conserva por mais de 30 anos, investir em educação seria um tiro no pé, afinal, povo esclarecido encontra a lucidez e aprende a escolher seus representantes, a ideia agora é inflamar o discurso de oposição e só tocar em recursos que possam ser desviados para campanhas eleitorais.