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Judicialização das eleições para tampão causam birra generalizada na ALE e deputados adiam sessões


A judicialização das eleições indiretas para a escolha do tampão em Alagoas que aconteceria dia 2 de maio causou urticárias no grupo de Marcelo Victor e clã Calheiros, tanto que a panelinha se reuniu e entrou num acordo para simplesmente suspender as sessões ordinárias, em outras palavras, a Casa Tavares Bastos está paralisada sob o argumento de que não há como o parlamento deliberar matérias diante do que é considerado uma “anormalidade inconstitucional”, de acordo com o deputado Bruno Toledo (MDB) .

Consultado pelo Quarto Poder Alagoas, o deputado Bruno Toledo, líder da maioria no plenário afirma que “Sobre a minha pessoal recusa em participar de qualquer deliberação, digo que em minha posse jurei respeitar e defender a constituição e é exatamente isso que estou fazendo. A expectativa de todos é que esse capítulo vergonhoso para a história de nosso estado se encerre o quanto antes. O tempo responsabilizará os autores desse crime contra a democracia”.

A questão da inconstitucionalidade pode ser até discutível, assim é conduzida a justiça, não é uma matemática onde 1+1 é 2, há deliberações, análises, pareceres, que passam por diversas “camadas” jurídicas até finalmente chegarem à um parecer, e bem como estamos carecas de saber, a celeridade não um forte da justiça brasileira, principalmente quando são envolvidos fortes interesses políticos que norteiam as disputas pelo poder, vence o mais forte, ou o mais influente, neste caso, a oposição soube agir de forma inteligente e mostrar por A+B os entraves do processo, conseguindo assim driblá-lo, a estratégia superou o poder. Já que a casa não reconhece o governador interino, Klever Loureiro, como chefe legítimo do executivo, mesmo que não tenha nenhum aporte legal para isso, já que não existe um prazo determinado pela justiça que dê prazo de validade à sua gestão, então como ficam os remanejamentos de recursos solicitados? 

Mas os poderosos não aceitam a derrota, eles esperneiam, batem os pés, fazem bico e fecham a cara, eis então o exemplar patente do comportamento rabugento dos governistas. A oposição, obviamente minoria na ALE/AL, se vê de mãos atadas, de acordo com o deputado Davi Maia (União Brasil) “o poder executivo está funcionando, o poder judiciário está funcionando e o poder legislativoparou, e isso é muito ruim. A Assembleia continua recebendo duodécimo e continua tendo sua remuneração, os deputados estão recebendo em dia e a gente precisatrabalhar, precisa produzir, o povo alagoano espera,independente da decisão judicial do supremo, a gente não pode parar, tem matérias importantes para serem analisadas como a suplementação do poder executivo, e a gente quer trabalhar. A minoria está indo e se compromete com o quórum”.  

O pré-candidato ao governo e senador Rodrigo Cunha foi conciso em suas redes: “Espero que não seja uma tentativa de prejudicar o governador Klever Toledo”, arrisco dizer que nem seria essa a intenção, o objetivo mesmo é forçar o STF a agilizar a resposta ao imbróglio e quem sabe impedir que a judicialização passe para a apreciação do plenário do STF, deixando o processo ainda mais demorado, para os desavisados, o Ministro Gilmar Mendes cogita essa possibilidade e o pesadelo dos Calheiros e sua turma se tornaria realidade principalmente se a questão caísse nas mãos dos ministros André Mendonça ou KassioNunes Marques, indicados por Jair Bolsonaro.

Temos ainda uns bons meses para acompanhar essa novela, que parece infinita mesmo durando pouco, RF saiu e largou uma bomba em cima da ALE e dos Alagoanos, mesmo contando que a casa estaria toda arrumadinha e prestes a receber seus fantoches, o cerco está se fechando para os governistas no estado, o plano de poder está ruindo, e mesmo com o “bate pé” da maioria na Assembleia, Loureiro segue as normalidades da gestão no executivo, inclusive extirpando os resquícios calheiristasque ficaram.

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