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O voto vai quebrar na boca da urna

O imponderável, que tem dado o tom no processo eleitoral em Alagoas, está na bronca com a sacanagem e com o canibalismo entre parceiros do mesmo grupo e de chapa. Essa mistura vai quebrar as pernas de muita gente. Marx e Marcius Beltrão são exemplos dessa mistura. Marx segue porque aceitou a pressão para não ficar sem mandato, mas Marcius está decidido dizer não a Arthur. Conversa será à noite. As decisões são pessoais e intransferíveis e os efeitos colaterais são coletivos.

Nesta mesma pegada Luciano Barbosa trocou os Renan’s por Arthur. Fez jus ao que aprendeu na parceria vitoriosa com o Calheirão: Primeiro EU, SEMPRE. As decisões são pessoais e intransferíveis, mas os efeitos colaterais são coletivos.

Alagoas tem 137 candidatos inscritos para federal. Aliás, 136, porque Marcius Beltrão anuncia ainda hoje sua desistência. O União Brasil, que poderia registrar 10 nomes, só terá 6.

Falando sobre decisão, Rodrigo Valença, também do UB, mantém a candidatura. “Vamos ficar para apagar as luzes. Vamos até o fim”. Foi o que me disse Neno da Laje, pai de Rodrigo. Se arriscar, pode vencer o favorito Alfredo Gaspar. Se desistir, antes do apagar das luzes, o efeito colateral coletivo praticamente tira Alfredo da disputa.

O que acontece no União Brasil, partido com mais recursos do fundo eleitoral, é fruto da carência de planejamento. Tenho falado aqui que na política os plantadores de vento têm uma safra abundante, mas de tempestade. E a turma do Podemos, PROS e Solidariedade, exímios plantadores de vento, com quem marchará?

Um parêntese aqui: Se Alfredo Gaspar vencer a eleição será um adversário feroz contra JHC, em 2024. Se perder agora é aconselhável que se dedique à advocacia. A decisão é pessoal e intransferível, mas os efeitos colaterais são coletivos (ACONTEÇA O QUE ACONTECER).

O UB é apenas o exemplo deste texto. No geral, o voto vai quebrar na boca da urna.

O imponderável está na bronca com a sacanagem e com o canibalismo entre parceiros de chapa.

NOVAS BAIXAS VIRÃO – A QUALQUER MOMENTO.

Por Wadson Regis