O governador-tampão de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), é acusado nos crimes de corrupção envolvendo organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, segundo a operação da Polícia Federal, que ocorreu na manhã desta terça-feira (11), na sede do Palácio do Governo, na Assembleia Legislativa do Estado e em condomínio de luxo na região metropolitana de Maceió.
Por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinada pela ministra Laurita Vaz, Paulo Dantas está afastado por 180 dias do cargo. Conforme a decisão judicial, a partir de hoje, os investigados estão impedidos de manter contato entre si e de frequentar os órgãos públicos envolvidos na investigação. As medidas cautelares incluem ordem de sequestro de bens e valores que chegam a R$ 54 milhões.
A ação foi batizada de operação Edema e, de acordo com a Polícia Federal, apura a “prática sistemática de desvios de recursos públicos que ocorre desde o ano de 2019 na Assembleia Legislativa de Alagoas.
E neste contexto, recorda-se que o pai de Paulo Dantas, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Luiz Dantas, denunciou o filho por ter estruturado um “esquema de corrupção em que servidores fantasmas foram nomeadas no Poder Legislativo de Alagoas”.
“Eu tinha a chancela para chancelar todos os documentos. Algumas pessoas foram para a folha sem meu conhecimento. Paulo estava envolvido nisso também porque Paulo fazia parte da estrutura”, denunciou Luiz Dantas no final do mês de novembro deste ano.