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Fala transfóbica de deputado Nikolas Ferreira repercute e é repudiada no congresso federal

Na semana do Dia Internacional da Mulher um ato lamentável ocorreu na Câmara Federal. Na quarta-feira (08), o parlamentar Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou a plenária para fazer um discurso transfóbico, usando uma peruca, o deputado, em tom de deboche, disse que “se sentia uma mulher” e que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”.

O caso tomou grande repercussão e o presidente da casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL), se manifestou através das redes sociais em repúdio ao ato do deputado mineiro. “O Plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém. O deputado Nikolas Ferreira merece minha reprimenda pública por sua atitude no dia de hoje”, escreveu.

Em um ano em que a Casa conta pela primeira vez na história com parlamentares transexuais, as deputadas Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG), mulheres trans, o discurso extremamente preconceituoso mostra que a política brasileira tem muito a evoluir e a repensar seu compromisso social. Não apenas a política, mas o brasileiro tem urgência em revisar seus preconceitos e analisar bem os representantes que escolhem, já que os que ali estão são espelho da sociedade que vivemos e infelizmente ainda passamos por atrasos em diversas questões, e neste caso, sobre as questões de gênero.

No twitter, Erika Hilton declarou que não há palco para transfobia. “Nenhuma transfobia terá palco. E nenhuma transfobia passará sem respostas políticas e jurídicas à altura. Transfobia é crime”. Tabata Amaral (PSB-SP) também se manifestou nas redes e disse que “a transfobia ultrapassa a liberdade de discurso garantida pela imunidade parlamentar. Afinal, transfobia é crime” e se comprometeu a dar entrada, junto da bancada do PSB, com um pedido de cassação do mandato de Nikolas.

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