publicidade

Pesquisar

Enquanto Alagoas amargava índices vergonhosos na educação, “Tio Rafa” gastou mais de R$ 192 milhões em livros didáticos

Não é fato novo que o Alagoas figura entre os piores índices do país quando o assunto é educação, é o que se espera de um estado que ainda carrega o fardo de ser governado como se ainda estivéssemos congelados nas eras da oligarquia, onde poucas famílias dividem a governança.
A bola da vez na mira da justiça é o agora deputado federal Rafael Brito (MDB), vulgo “Tio Rafa” que entre 2021 e 2022 comandou a pasta da educação no estado e, de acordo com o que foi divulgado pelo jornal O Dia, conseguiu superar os gastos do estado de Pernambuco em aquisição de livros didáticos para apenas um ano letivo.
O ex-secretário em sua gestão gastou mais de R$ 192 milhões na compra de livros didáticos, ou seja, um gasto médio de R$ 1.156 por aluno, já que Alagoas conta com 166 mil alunos na Rede pública estadual, é quase dez vezes o valor gasto com cada aluno dos 569 mil da rede pública estadual de Pernambuco (R$ 108), que investiu em 2023 pouco mais de R$ 62 milhões, repasse do Governo Federal.
O desafio para os órgãos de controle público agora gira em torno de compreender como esse montante exorbitante foi gasto em livros já que não há registros ou divulgação de entrega em massa de material didático no estado e mesmo com todo esse “investimento” Alagoas amargou o 4° pior desempenho do Brasil no Ensino médio, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).
Mesmo com essa agravante, “Tio Rafa” com menos de um ano a frente da pasta, abandonou o posto para concorrer à uma vaga na Câmara de Deputados, em outubro de 2022, chegando a criar programas para utilizar como trampolim de sua candidatura, como é o caso do MOVA – Movimento Avança Mais, criado por ele em abril de 2022, trata-se de aulões para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) que passaram a ser itinerantes em todos os municípios alagoanos, sabe-se lá com quais intenções.
Mas dá para cogitar o intuito desta intinerância, bem como o destino de tanto dinheiro em ano de campanha, mas sem nos comprometer, façam suas apostas.

VEJA TAMBÉM