Rodrigo Cunha diz que envolvimento de Calheiros com Braskem faz CPI no Senado nascer viciada
Presidente em exercício do Senado, o senador Rodrigo Cunha, participou neste sábado de reunião com a Defesa Civil de Maceió, ao lado do prefeito da cidade, JHC. Durante a semana, Rodrigo esteve com o presidente da república em exercício, Geraldo Alckmin, para pedir apoio do Governo Federal no enfrentamento ao afundamento do solo no bairro do Mutange.
Rodrigo lembrou que este não é um problema recente e que já provocou a remoção de quase 60 mil pessoas dos bairros afetados após os primeiros tremores, percebidos 2018. No ano seguinte, o Senado Federal realizou audiências públicas para discutir o assunto com especialistas em solo e gestores da mineradora Braskem.
Entrevista à Globonews, Cunha destacou que a CPI a ser instalada no Senado já nasce viciada, pois tem como autor o senador Renan Calheiros, que é o pai do ex-governador Renan Filho, e que chegou a ser indiciado numa operação da Polícia Federal suspeito de ter recebido propina da mineradora.
“O filho dele era o governador à época e, já com a tragédia em andamento, ele permanecia defendendo a continuidade dos trabalhos da Braskem, que explorava um solo urbano de maneira irracional”, disse Rodrigo. O senador salientou que Calheiros presidiu a empresa Salgema, que hoje é a Braskem, e que o político foi investigado pela Polícia Federal por ter recebido propina da mineradora. “Não é hora para politizar o que está ocorrendo, mas são fatos que não podem ser esquecidos”, afirmou.
Rodrigo Cunha fez questão de defender o turismo na capital alagoana, informando que o bairro do Mutange não fica perto das praias, da rede hoteleira, ou dos serviços relacionados ao setor, que é a principal força econômica do município. “A programação turística segue sua rotina normal, com as pessoas podendo aproveitar nosso litoral sem qualquer tipo de risco”.