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Escândalo: Klécio Santos, presidente da Pindorama, é acusado de usar Cooperativa para financiar campanha eleitoral do filho

Por redação / AL102

Um documento de 14 páginas com farto material probatório expondo um escândalo na gestão de Klécio Santos na Cooperativa Pindorama foi entregue ao Ministério Publico Estadual (MP) e ao Conselho Fiscal pelo colono, Robson Pereira da Silva. A extensa documentação apresenta dados bancários e o possível desvio de dinheiro da Cooperativa para financiar campanhas políticas na cidade de Viçosa, e em benefício do candidato derrotado à deputado Estadual, João Paulo do Klécio.

O prefeito do município de Viçosa, João Victor Calheiros e seu irmão João Paulo são apontados como os principais beneficiários do esquema. Repasses financeiros foram feitos para entidades culturais, grupos de cavalgada e a própria prefeitura de Viçosa. De acordo com os dados apresentados, os valores transferidos sugerem um padrão, e variam entre R$ 20 mil e R$ 1 mil.

Patrocínios questionáveis

Dentre os documentos apresentados ao Conselho Fiscal, destacam-se ofícios e e-mails solicitando patrocínios para eventos culturais e esportivos em Viçosa, cidade que não está no território da cooperativa Pindorama.

Há indícios de favorecimento a eventos ligados à família do presidente, como a quadrilha junina Cheiro de Amor, organizada por Cícero Thiago do Nascimento Cavalcante, e a cavalgada dos Gêmeos, promovida com o intuito de homenagear os filhos de Klécio Santos.

A denúncia ressalta a falta de transparência nos atos administrativos da cooperativa e a ausência de prestação de contas sobre a aplicação dos recursos. Os beneficiários dos patrocínios não demonstraram como a marca Pindorama foi promovida em seus eventos, levantando suspeitas sobre a real finalidade dos repasses financeiros.

Interesses políticos em jogo

O escândalo ganha contornos mais graves diante do contexto político, especialmente durante a campanha eleitoral de João Victor Calheiros em Viçosa e de João Paulo do Klecio, ambos filhos de Klécio Santos. Os documentos sugerem uma relação direta entre os repasses financeiros da cooperativa e os interesses políticos da família Santos, comprometendo a integridade da instituição.

As investigações agora estão em curso do Ministério Público Eleitoral e o pedido ao Conselho Fiscal tem prazo de 10 dias para fornecer documentos complementares, que começou a ser contado no dia 21 de fevereiro do corrente ano, para que sejam esclarecidos esses gastos.