Com um grupo de pré-candidatos cotados, Calheiristas vêm para as eleições majoritárias fragmentados, inconsistentes e apoiados apenas em ataques pontuais
Vamos começar a reflexão no imperativo: reflita no sentido de polarização, depois tente aplicá-lo na política, em seguida afunile o alcance e procure essa tal polarização no cenário de Maceió. Encontrou algo? Nem que seja no âmago de suas reflexões? Pois é, quando pensamos em avanços na capital alagoana remetemos à gestão atual, e isso se aplica na percepção do maceioense, de pronto ele cita JHC como o responsável por fazer Maceió sair do limbo das capitais do Nordeste, portanto, como pode haver polarização em um lugar onde há uma clara preferência?
Mas há sim, no imaginário da oposição, que colocou em jogo três pré-candidatos na outra ponta para tentar desgastar JHC, o curioso caso da polarização com três vieses do lado oposto, na política não se constrói uma disparidade sólida quando há fragmentação, vimos um exemplo básico nas eleições presidenciais de 2018, quando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) dividiram entre si os votos dos opositores à Bolsonaro, bem, o resto da história já é conhecida.
Voltemos à Maceió, Rafael Brito (MDB), Ricardo Barbosa (PT) e Lobão (SD) somados, não alcançam a densidade necessária para combater JHC, nem vamos levar em consideração os votos nos candidatos remanescentes e abstenções, o eleitorado em Maceió não apenas corre para o lado da situação, mas corre de qualquer nome ligado aos Calheiros, e isso é tradição, são mais de 40 anos sem fazer sequer um prefeito na capital.
Agora deixando os Calheiros de lado, mas nem tanto, vamos incluir o governador Paulo Dantas na conversa, no sentido prático de governança, pouco fez pela capital, JHC tem feito sua administração praticamente isolado, o executivo estadual simplesmente não dialoga com o municipal, na verdade esse posicionamento de Dantas é geral, afinal, se você não está do lado dos Calheiros, você está contra eles. Sem contar também a parca popularidade de Dantas em Maceió, que inclusive perdeu a eleição na capital com apenas 37,95% dos votos contra 62,05% de Rodrigo Cunha, este resultado acompanha a antipatia que o eleitor da capital tem contra o grupo político que o governador integra.
Além de tentar criar um clima de polarização na cidade, a oposição se vale de pequenos ataques para tentar atingir a popularidade de JHC, são vídeos sensacionalistas a torto e a direito, partindo sempre da mesma fonte, a conta de Instagram do deputado Rafael Brito, atual aposta do MDB à majoritária, o que surte um leve efeito em sua bolha, ferve o debate entre eles mesmo e no final, morre na praia, a bolha não estoura e a crítica surte o efeito contrário, JHC mostra serviço e abafa as provocações, o ciclo se repete. E para fechar a conversa também no imperativo, analise bem a consistência do discurso e organização dos grupos antes de decidir seu voto, avalie quem fala que faz e quem faz de fato, mas claro, façam sempre suas apostas!
