Sob a gestão do governador Paulo Dantas, o estado de Alagoas enfrenta uma das mais graves crises institucionais dos últimos anos, marcada por um colapso na estrutura da Polícia Civil e por sérios problemas no sistema de saúde pública. As denúncias, que se multiplicam nos bastidores do funcionalismo público, apontam para uma administração marcada pela falta de planejamento, sucateamento de serviços essenciais e decisões políticas que favorecem interesses privados em detrimento do bem-estar da população.
No âmbito da segurança pública, a Polícia Civil de Alagoas está à beira de um colapso funcional. Delegacias operam com efetivo reduzido, equipamentos defasados e uma sobrecarga de trabalho que beira o insustentável. Investigações são paralisadas por falta de estrutura básica, como combustível para viaturas e papel para impressões. Fontes internas revelam que agentes estão desmotivados e há um crescente índice de afastamentos por questões psicológicas. As promessas de valorização da categoria feitas durante a campanha de Dantas tornaram-se palavras vazias diante da realidade enfrentada por quem está na linha de frente do combate ao crime.
Já na saúde, a situação é igualmente alarmante. Hospitais públicos superlotados, escassez de medicamentos e atrasos em pagamentos de fornecedores têm se tornado rotina. Profissionais denunciam a precariedade das condições de trabalho, com plantões sobrecarregados e a falta de insumos básicos comprometendo a vida dos pacientes. Unidades como o HGE (Hospital Geral do Estado), referência no atendimento de urgência, operam no limite de sua capacidade. Paralelamente, há suspeitas de contratos milionários com organizações sociais (OS) que administram unidades de saúde, levantando questionamentos sobre a transparência e a legalidade desses acordos.
A gestão de Paulo Dantas, que prometia modernização e eficiência, é hoje alvo de críticas severas por parte de servidores, sindicatos e representantes da sociedade civil. O silêncio do governo diante das denúncias e o aparente desinteresse em dialogar com as categorias envolvidas ampliam o clima de tensão. Para muitos, o caos na segurança e na saúde não é fruto do acaso, mas de uma gestão que prioriza o marketing político em detrimento de políticas públicas efetivas. A população, mais uma vez, paga o preço.