Nesta segunda-feira (07), o ministro dos Transportes, Renan Filho, vai lançar a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Arapiraca, município do agreste alagoano. O projeto, que aparenta ter mais fim político do que público, prevê o investimento de R$ 300 milhões, sem qualquer estudo que sinalize uma real demanda para a cidade e que justifique o alto custo.
A obra sequer se trata de um VLT moderno, mas apenas de uma adaptação de trilhos antigos, com alto custo de implantação e de manutenção a longo prazo, sem garantia de eficácia ou integração com o transporte público da cidade. Na verdade, esse VLT pode ser mais um problema que solução: ruído, divisão de bairros, problemas socioambientais e impactos na mobilidade local.
Sem transparência técnica e apresentação de estudos que comprovem a demanda e a viabilidade de um investimento tão alto, a obra corre o risco de se tornar mais um “elefante branco” no estado, com desperdício de recursos públicos, que poderiam ser aplicados em soluções mais eficazes à realidade do município.
Na capital alagoana, já temos a experiência do VLT. Além de ter sido uma obra dispendiosa, nunca solucionou o problema de mobilidade da cidade. O VLT de Renan parece ir pelo mesmo caminho, um desperdício de recursos públicos.





