Visando a inclusão e lazer das pessoas com deficiência a prefeitura de Maceió irá implantar ações de acessibilidade para o público PCD disponíveis no diversos polos das festas de São João espalhadas pela cidade, entre essa ações, os fones redutores de ruídos estarão disponíveis em pontos estratégicos, proporcionando assim maior conforto auditivo para as pessoas que necessitam de um ambiente menos ruidoso.
A iniciativa atende às necessidades de pessoas com hipersensibilidade auditiva, como portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Desenvolvimento Opositivo (TODO), que poderão aproveitar a maior festa do nordeste com maior conforto.
Porem, a iniciativa não agradou a todos, e gerou comentários desnecessários nas redes, o assunto foi divulgado e comemorado por algumas páginas e veículos nas redes sociais, principalmente por abranger e beneficiar pessoas que estão dentro de um espectro antes ignorado pelo poder público, entre esses comentários se destaca o do assessor da deputada estadual Cibele Moura (MDB), Antônio Souto, que fez o seguinte comentário “Realmente, tá tudo perfeito em Maceió pra (estar) gastando dinheiro público com porcaria”.
Um posicionamento lamentável vindo de alguém que trabalha diretamente com o poder público, assessorando uma parlamentar que participa das decisões legislativas do estado e que, portanto, deve assumir o compromisso com a sociedade e enxergar com empatia que todos têm o devido direito à serem cobertos e atendidos pelo estado dentro de suas necessidades específicas. Mas o comentário não é lamentável apenas por este motivo, mas por si só, já que o indivíduo que o proferiu não entende que pessoas neurodivergentes não devem ser inseridas no ciclo social e, portanto, não têm direito ao lazer.
Não apenas a prefeitura de Maceió deve seguir fazendo um excelente trabalho ao tratar com respeito e cuidado nos decisões de incluir todos os maceioenses nos festejos realizados na cidade, mas nossos representantes devem também avaliar com cuidado seus discursos e dos integrantes de suas respectivas equipes ao condenar o trabalho de outrem, critiquem, questionem mas tenham como alvo pontos realmente danosos para a sociedade e não ações que beneficiem grupos antes segregados.
