Praticamente na reta final da gestão de Renan Calheiros Filho, já podemos substituir o apelido de governador do concreto para governador da farofa, basta observar a qualidade das obras que vêm sido feitas a torto e a direito durante seu mandato. Como esporte e lazer está longe de ser prioridade, o principal estádio de futebol de Alagoas, o Estádio Rei Pelé, segue se transformando em ruínas, como é possível um estádio que ainda está em obras – e passapor reformas praticamente todos os anos – estar se esfarelando.
Agora foi a vez de parte do reboco do beiral daarquibancada do estádio desmoronar, e não tem a ver com a força do fervor da torcida, já que em dois anos de pandemia o estádio sequer recebeu torcedores, o motivo só pode ser um: ao invés de usar cimento e concreto, RF decidiu economizar e usar farinha para fazer reparos esdrúxulos pelo estádio. Pela primeira vez podemos comemorar o fato de que as aglomerações ainda são evitadas, já que o impedimento de haver torcida evitou uma tragédia.
Imagina em um momento de lazer, enquanto você torce pelo seu time do coração, ser surpreendido com uma avalanche de reboco, ou sei lá o que estão usando para remendar a cobertura o Rei Pelé, bem em cima da sua cabeça, por sorte, o setor está interditado para obras. Não para por aí, é possível constatar diversas rachaduras pela cobertura do estádio, arquibancadas enferrujadas e corrimãos soltos nas bases, vigas à mostra por conta de deterioração da cobertura, passagens de acesso para as arquibancadas suportadas por andaimes e estruturas metálicas, um verdadeiro caos.
A ordem de serviço para a recuperação das arquibancadas e manutenção do Estádio Rei Pelé foi autorizada em setembro do ano passado e se arrasta a passos de tartaruga, o espaço que deveria ser destinado para o fomento do esporte agora é um canteiro de obras que serve de paliativo para as partidas e isso ocorre desde 2016. Além do que, mesmo com a readequação dos estádios para o retorno das torcidas pós-pandemia, o Rei Pelé estava parcialmente interditado pela justiça devido às irregularidades que poriam a vida do torcedor em risco.
O Trapichão até pode apresentar laudos de estabilidade estrutural, mas para quem visita o local é notável que a estrutura esteja comprometida e o torcedor correndo riscos. O abandono do Rei Pelé e o descaso com sua manutenção é retrato da total negligência do governo Renan Filho, que está mais preocupado em anunciar ordens de serviço e desperdiçar abundantes quantias em obras de papelão e farinha. É assim que se encontra o estádio Rei Pelé, a situação do esporte e lazer em Alagoas e o próprio estado, se esfarelando nas mãos de REInanzinho.