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Candidatura de RF ao Senado determinará dança das cadeiras das secretarias do estado


A sinuca que envolve a candidatura de Renan Calheiros Filho ao senado federal continua, o impasse chega também às secretarias e como elas irão se configurar caso o atual chefe do executivo estadual saia da jogada e seja substituído pelo seu possível tampão, Paulo Dantas, encabeçado pelo presidente da ALE, Marcelo Victor.  Com o cenário político se redesenhando, muitos secretários irão deixar seus gabinetes rumo às candidaturas, prioritariamente visando a Assembleia Legislativa de Alagoas, secretarias seguirão sob novas lideranças sujeitas a quem dará continuidade ao governo até o final de 2022.

A grande questão gira em torno do enfraquecimento de Renan Filho e de sua influência na manutenção dos secretários remanescentes que não darão a cara a tapas para uma candidatura no pleito deste ano, sabe-se que caso Paulo Dantas assuma, as cadeiras nas secretarias estão sendo disputadas à tapas pelos deputados da base de Marcelo Victor, e estas serão dadas àqueles que angariam a confiança do atual líder da ALE, em contrapartida, os secretários de RF que ficam não pretendem abandonar o barco, mas não teriam mais a proteção do governador, RF se tornaria apenas mais um candidato e sua influência nos cargos, que já segue abalada, perderia qualquer crédito, ele não manda em mais nada.

Dia 2 de abril será dada a largada definitiva e definirá quem fica e quem sai, os rumores são de que RF tenta convencer alguns de seus secretários a se manter em seus respectivos cargos caso Paulo Dantas assuma, em contrapartida, a movimentação na ALE gira em torno de buscar informações sobre o organograma das secretarias, cada um buscando quais cargos têm a melhor remuneração e maior controle sobre a máquina, o fortalecimento dos aliados de Marcelo Victor ante o enfraquecimento gradativo de RF em sua influência no executivo tem favorecido a dança das cadeiras.

A largada dos secretários de RF nas eleições de 2022

Nomes que compõem a equipe de Renan Calheiros Filho como Mauricio Quintela, Rafael Brito, Mozart Amaral e Alexandre Ayres já dão indícios de lançar suas respectivas candidaturas esse ano, o foco é na Assembleia Legislativa e alguns nomes fortes, como Alexandre Ayres, têm a seu favor a atuação e destaque que tiveram em suas secretarias, no caso de Ayres, o benefício midiático que teve à frente da secretaria de saúde do estado nas ações de combate à pandemia, mesmo cercado de escândalos, a publicidade em cima de sua figura preparou bem o terreno para que ele ponderasse sobre entrar efetivamente no meio político nas eleições deste ano.

Agora é aguardar as mudanças que ocorrerão, já que um possível governador tampão também poderá concorrer às eleições e a corrida irá girar em torno de manter a equipe formada na mudança de mandatário. Lembrando que Marcelo Victor que dá as cartas no momento e tem presosem seu colarinho 16 deputados estaduais (e seus assessores) riscando faca para conseguir um lugar ao sol nos cargos das secretarias.

Que RF não tem mais força e está subjugado a Marcelo Victor já temos conhecimento, afinal sete anos não serviram para que RF construísse sua base de influência para continuar deliberando todos os passos do sistema político em Alagoas, mas sua candidatura ao senado pode ser um tiro no pé, além de perder o pouco de poder que lhe resta, Renan corre o risco de perder a eleição e cair no limbo da política que os caciques estão entrando, graças ao seu mínimo esforço para construir boas alianças e manter sua influência.

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