JHC tem tido muito sucesso em sua gestão como prefeito de Maceió, e somando isso à sua trajetória como deputado federal e um nível de aprovação de quase 80% pelos maceioenses, não é estranho que o nome do prefeito da capital alagoana seja sempre mencionado para uma candidatura ao executivo estadual. O PSB nacional, através do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), tem defendido essa ideia para expandir o desenvolvimento de que Maceió tem tido para todo o estado. Plausível diante do cenário, mas não tão inteligente quando confrontamos este mesmo cenário de aprovação e êxitos.
O prefeito JHC é de fato um grande nome na política local, arrisco dizer que sua reputação tem expressão nacional e isso instiga uma aposta em voos mais altos, mas é necessário entender que um passo deste tamanho em um ano de majoritárias poderia arriscar todo um trabalho de construído ao longo de um ano. JHC é aliado de Rodrigo Cunha, que por sua vez se encontra em primeiro lugar nas pesquisas para o Governo de Alagoas, o apoio de JHC certamente garante ao senador uma maior confiança do eleitorado, que estava inerte quanto à sua atuação no legislativo federal, o entusiasmo das eleições que o levaram até lá como o senador mais votado do país esfriou ao longo do seu mandato e ter ao seu lado, como principal aliado um dos prefeitos mais bem avaliados das capitais brasileiras pode leva-lo a lograr bons resultados nas urnas.
Essa parceria e uma possível eleição vencida por Cunha também levaria JHC a ter um grande aliado no Palácio dos Palmares e superar um início de gestão que teve como pedra no sapato um governo estadual oposicionista, sendo alvo de constantes ataques pela sua equipe e enfrentando o despotismo que prejudicou vários municípios, principalmente a capital, vide privatização do saneamento e energia. Seria temerário sair no meio de um mandato tão bem sucedido e correr o risco de perder uma eleição, mesmo com uma boa aprovação, a política pode ser imprevisível e os resultados surpreendentes, JHC além de perder a cadeira como prefeito perderia também a autonomia em lançar o pai, João Caldas, como Deputado Federal e sua mãe, Eudócia Caldas, suplente de Rodrigo Cunha, perderia a chance de assumir a vaga no senado.
Não podemos negar que o modelo de gestão de JHC se aplicado no estado com certeza elevaria Alagoas a outros patamares, principalmente quando enfrentamos oito anos de um governo que mete as mãos pelos pés em sua administração, há quem elogie, mas é importante reconhecermos que o estado ainda padece no atraso. Pensar na expansão do modelo JHC de governar nas mãos de um aliado de confiança seria muito mais plausível, e o prefeito de Maceió entraria como uma força determinante para o triunfo de Rodrigo Cunha nas majoritárias e o consequente avanço do estado. Resta agora o PSB entender que JHC é sim uma figura política imprescindível para Alagoas e para o nordeste, mas no momento, Maceió ainda precisa contar com a eficiência do jovem político para alçar outros voos.