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Briga de Gigantes: Quem tem mais força para comandar o União Brasil, Marcelo Victor/RF ou Arthur Lira?


Batalha de titãs, assim podemos definir a sinuca de bico acerca da liderança do União Brasil em Alagoas, a disputa entre Marcelo Victor e Arthur Lira não remete nem de perto à épocas em que ambos tinham uma relação pacífica politicamente, agora em lados opostos eles medem forças para descobrir quem tem maior soberania e influência para comandar a UB. O União Brasil surgiu da fusão entre DEM e PSL e possui a maior bancada do país, são 81 cadeiras na câmara, consequentemente irá abocanhar a maior fatia dos recursos do fundo partidário , quase R$ 800 milhões de fundo eleitoral para distribuir aos seus candidatos.

Será que o “primeiro-ministro” do governo Bolsonaro ficará sem o maior partido do Brasil em seu próprio estado? Talvez isso abalasse bastante sua credibilidade, principalmente pelo fato de o UB ser a nova cara da oposição à Lula nas eleições deste ano, já que uma resolução nacional do partido proíbe coligação com o PT ou apoio de seus candidatos ao ex-presidente petista, corda bamba para Paulo Dantas, cria de Marcelo Victor – que por sua vez é aliado e apoiador dos Calheiros, consequentemente teria de pisar no palanque com Lula – deve escolher entre migrar para o União Brasil e perder o apoio do ex-presidente que voltou a liderar as pesquisas ou se manter no MDB, distanciando-se de seu guru, Marcelo Victor.

Como sobredito, uma verdadeira sinuca de bico, Paulo Dantas, como todo personagem fabricado, carece do carisma e da popularidade que precisa para se fazer sucessor de Renan Filho, sua garantia está em uma candidatura tampão, e só, talvez em oito meses e com muito esforço Dantas consiga redefinir o cenário econstruir um caminho para sua reeleição, mas uma possível vitória também está sujeita às alianças que serão firmadas na jornada e pelo andar da carruagem, Lula seria a peça chave para que Dantas tivesse alguma esperança em ganhar uma eleição direta. 

Agora encaramos o xadrez político alagoano com os olhos de um jogador neófito, não enxergamos as estratégias e jogadas que podem definir a vitória ou derrota no tabuleiro, desconhecemos a maioria das peças e cada uma delas é movida aleatoriamente, essa é a sensação. Entre sinucas e xadrezes, questionamos como dois líderes consolidados, mas que figuram na polaridade política, se enterram numa briga por um lugar em comum, o único sentido que encontramos é o de sempre, conquista de poder e território, Lira e Marcelo Victor inflamam uma rivalidade típica de ex-amigos, agora os titãs lutam com o rancor como principal arma, as vezes acatar ideais opostos fere mais que uma lança, e na política isso é fatal.