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Fabio Costa quer inclusão de remédios para TDAH na lista de medicamentos essenciais

Deputado federal apresentou na Câmara indicação ao Ministério da Saúde visando tratamento adequado para quem tem Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade

O deputado federal Delegado Fabio Costa (PP) apresentou, esta semana, na Câmara, uma indicação em que sugere ao Ministério da Saúde a inclusão dos remédios recomendados para tratamento dos pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

 

Pesquisas comprovaram que medicações específicas melhoram o comportamento das crianças e reduzem a frequência e intensidade de sintomas de quem tem o transtorno.

 

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais esclarece que o TDAH é uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por uma tríade de sintomas envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em um nível exacerbado e disfuncional para a idade. Os sintomas iniciam-se na infância, podendo persistir ao longo de toda a vida.

 

Para justificar a indicação, Fabio Costa se ateve a um dado importante de que, no Brasil, a prevalência de TDAH é estimada em 7,6% em crianças e adolescentes com idades entre 6 e 17 anos, 5,2% nos indivíduos entre 18 e 44 anos e 6,1% nos indivíduos maiores de 44 anos.

 

“Inúmeros estudos têm apontado que a psicoterapia e o apoio educacional têm melhores resultados se acompanhados de tratamento farmacológico, como o metilfenidato e lisdexanfetamina, a exemplo da pesquisa publicada, ano passado, na revista científica The Lancet Child and Adolescent Health”, destacou o deputado federal alagoano.

 

Ele acrescenta que, apesar das evidências e comprovação da eficácia do tratamento com medicações específicas, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), recomendou, em 2022, a não incorporação das substâncias para o acompanhamento do transtorno em crianças e adolescentes, o que acabou inviabilizando a inclusão destas na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais.

 

A Conitec é, justamente, a responsável pela incorporação, exclusão ou alteração de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).

 

Na avaliação do parlamentar, a falta destes medicamentos na lista nacional ofertada pelo SUS dificulta o acesso gratuito, sobretudo, às famílias de baixa renda. Alguns brasileiros estão recorrendo à Justiça para conseguir o remédio, que auxilia no tratamento adequado.