Mais uma vez o MDB dos Calheiros tenta fabricar um político que dê continuidade ao seu legado sem que necessariamente a população o ligue ao sobrenome. Paulo Dantas foi um golpe de sorte, visto que embarcou na popularidade de Renan Filho e saiu de tampão à reeleito com apenas sete meses de mandato, há de se convir que se trata de um feito histórico, mas os Calheiros carecem de alguns fatores para repetir o feito com Rafael Brito.
Brito é mais um legislador, assim como Paulo Dantas, que ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado antes de assumir o executivo estadual, mas diferente do governador, não tem experiência no executivo, para quem não lembra, Dantas foi prefeito do município de Batalha por dois mandatos consecutivos (2005-2012), o que garante uma certa credibilidade em comparação com Rafael Brito.
O cerne é que Brito e Dantas têm muito em comum, para além de seus cargos públicos, ambos compactuam da ausência do “fator X”, imprescindível a qualquer um que deseje cair nas graças do eleitor. A ambos falta carisma, exatamente isso! O eleitor é conquistado acima de tudo pelo sorriso cativante e discurso enérgico do político, os dois carecem dessas duas qualidades, Dantas é “peixe morto” repete aquilo que seu “background” manda, é engessado e, ao lado de seus líderes, se apequena, tudo isso vale para Brito, que demonstrou no lançamento de sua candidatura um potencial para mero poca-urna.
O presença de palco de Brito é tão compatível coma de Dantas que as ovações mais entusiasmadas foram direcionadas aos vereadores que discursaram no evento que trazia protagonismo para o pré -candidato à prefeitura. Para não nos estendermos, dessa vez os Calheiros não conseguirão repetir a fórmula, em Maceió já não são bem quistos, e com um governador completamente anticarismático e piegas, fica difícil dar alicerce para a candidatura de um político sem sal nem açúcar.
Será uma eleição municipal completamente insossa, tal qual o pré-candidato opositor de JHC.
