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Investigação revela nova crise de gestão no governo de Alagoas com riscos à saúde pública

 

Uma denúncia grave envolvendo a empresa White Martins, fornecedora de oxigênio hospitalar, expõe uma crise no governo do estado de Alagoas. Segundo a empresa, há um débito de aproximadamente R$ 3,1 milhões referente ao fornecimento essencial às unidades de saúde estaduais. A falta de pagamento já coloca em risco o abastecimento de oxigênio, item vital para o tratamento de pacientes, especialmente em situações emergenciais.

A White Martins afirma que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reconhece a dívida, mas exige a apresentação de contratos em atraso para proceder com os pagamentos. Diante da possibilidade de corte no fornecimento, o governo estadual recorreu à Justiça. Uma liminar concedida pelo juiz José Cavalcante Manso Neto, da 16ª Vara Cível da Capital/Fazenda Estadual, em 12 de dezembro, impediu temporariamente a interrupção do serviço. Na decisão, o magistrado destacou a gravidade da situação, ressaltando que o oxigênio é “o diferencial entre a vida e a morte”.

Esse caso não é isolado e se soma a outros episódios que apontam para uma gestão financeira fragilizada. Recentemente, a empresa Localiza, responsável pelo aluguel de viaturas para as polícias Civil e Militar, recolheu os veículos por falta de pagamento. Além disso, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) estadual teve o fornecimento de energia elétrica suspenso pelo mesmo motivo.

Esses episódios reforçam as dificuldades enfrentadas pelo governo de Alagoas para honrar compromissos essenciais, levantando preocupações sobre o impacto direto na população. Especialistas alertam que atrasos em serviços críticos como saúde e segurança podem acarretar consequências graves. A falta de oxigênio hospitalar, em particular, ameaça comprometer o atendimento a milhares de pacientes e expõe uma falha sistêmica que exige atenção imediata.

Enquanto isso, o governo estadual não se manifestou oficialmente sobre as acusações, limitando-se a recorrer ao Judiciário para evitar o agravamento da crise. A situação permanece sob análise, mas já acende um alerta para a urgência de medidas corretivas na gestão pública.