O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito presidente do Senado Federal nesta sexta-feira (1º), conquistando 73 dos 81 votos possíveis e consolidando sua vitória com ampla margem. O resultado confirmou as expectativas de que Alcolumbre venceria com facilidade, após uma disputa marcada por intensos bastidores políticos e tentativas de mudanças no rito da eleição.
Com a vitória, Alcolumbre assume o comando da Casa para o biênio 2019-2020, sucedendo o senador Eunício Oliveira (MDB-CE). Em seu discurso após a eleição, ele defendeu uma atuação independente do Senado em relação ao governo federal e afirmou que sua gestão será pautada pelo equilíbrio e pela coragem.
“Nem sempre agradaremos a todos, mas é fundamental que esta Casa mantenha uma postura corajosa para cumprir seu papel constitucional”, declarou o novo presidente do Senado. Segundo ele, o Legislativo deve atuar de forma responsável, garantindo avanços para o país sem abrir mão de sua autonomia.
A eleição de Alcolumbre representa uma mudança na correlação de forças dentro do Congresso Nacional, especialmente por marcar a derrota do ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), que era um dos principais concorrentes na disputa. Renan chegou a anunciar sua candidatura, mas desistiu antes mesmo da votação ser concluída, após perceber a falta de apoio entre seus pares.
A votação também foi acompanhada de perto pelo governo federal, que buscava um nome alinhado com sua agenda de reformas. Embora Alcolumbre tenha contado com apoio de setores simpáticos ao Palácio do Planalto, ele fez questão de enfatizar que sua gestão não será submissa ao Executivo.
Agora à frente do Senado, Alcolumbre terá desafios como a tramitação da reforma da Previdência e outras pautas econômicas prioritárias para o governo. Seu desafio será equilibrar o apoio às reformas com a necessidade de manter a independência da Casa perante o Executivo e o Judiciário.
