O ministro dos Transportes, Renan Filho, teve um desempenho abaixo das expectativas em uma recente avaliação dos integrantes da Esplanada dos Ministérios. O levantamento, realizado por fontes ligadas ao governo e especialistas em gestão pública, apontou que sua atuação não tem sido bem avaliada em comparação com seus colegas de primeiro escalão.
Desde que assumiu o cargo no início do governo Lula, Renan Filho tem enfrentado desafios significativos para destravar obras de infraestrutura e cumprir as promessas de ampliação da malha rodoviária federal. Apesar dos investimentos anunciados e de algumas entregas, há críticas sobre a falta de celeridade na execução dos projetos e na aplicação dos recursos destinados ao setor.
Um dos principais pontos de insatisfação está relacionado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A nova fase do programa, relançada pelo governo federal com grande expectativa, tem avançado de forma mais lenta do que o previsto, o que gera preocupações dentro e fora do Palácio do Planalto. Governadores e parlamentares reclamam da demora na liberação de verbas e na concretização de obras essenciais para o desenvolvimento regional.
Outro fator que pesa contra Renan Filho é sua relação com o Congresso Nacional. Apesar de sua experiência política como ex-governador de Alagoas e filho do senador Renan Calheiros, o ministro tem encontrado dificuldades em articular com líderes partidários e em garantir apoio para projetos prioritários da pasta. Essa falta de habilidade na interlocução política tem sido apontada como uma das razões para sua baixa avaliação.
Enquanto isso, outros ministros da Esplanada, como Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), têm recebido avaliações mais positivas, seja pela condução de pautas econômicas ou pela capacidade de negociação dentro do governo.
A baixa performance de Renan Filho acende um alerta para o Palácio do Planalto, que acompanha de perto a atuação dos ministros e pode fazer ajustes na equipe caso o desempenho continue abaixo do esperado.